Talvez seja necessário se perder como eu me perdi.
Isso não pressupõe que eu já tenha me encontrado.
Se é que algum dia eu tive o controle sobre algo; sobre mim. Certamente, não. Não tive. Meu receio é que nunca o tenha.
Se por instantes cheguei a pensar que mantinha o controle sobre algo, no momento seguinte o perdi. A brisa leve ia me tocando e por terra, fora caindo tudo que julguei dominar ou ao menos, conhecer.
Hoje não sei o que me satisfaz. Embora, tanto faz não satisfaça o que eu preciso. Eu sequer sei o que preciso.
Desse modo, ‘sai na vida a busca de aventuras’ e tudo se construiu de modo tão superficial. Hoje, o superficial me incomoda. Não que antes não incomodasse, mas acontece que, se tratava de uma busca incessante pela tal felicidade; não importava qual caminho seguir, se tratava de uma busca desesperada e que esperar supostamente teria me custado um preço mais alto. Se a felicidade é algo a ser alcançado, confesso que, não sei o caminho a percorrer. Mas sentimentos não podem ser palpáveis. Talvez, seria uma busca pelo desconhecido. Talvez, no fundo, se trata de uma busca por mim. Me encontrar e me encontrando eu encontro o caminho.
A.K.
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