segunda-feira, 9 de julho de 2012

Torna-me praticamente impossível recobrar-me exatamente quando foi que me perdi. Sim, quando foi que me perdi? Se naquela conversa com José; se sentada no bar com a Maria ou se até mesmo nunca me pertenci e as escuras imaginava que detinha o controle da situação. A luz acendeu e as claras o espelho não refletia minha imagem. Eu que antes gostava de preto, descubro no cinza - aquela cor sem brilho, sem tom, sem vivacidade - tanta riqueza. Ninguém vai provar sua dor, sentir sua felicidade. Somos bravos viajantes solitários com a terrível missão de aventurar em nossos labirintos. Lá fora está um lindo dia; dentro da minha casa uma completa desordem. A janela permace fechada. Mantenho minha aparente segurança.

A.K.

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