Silenciosamente deixei partir, quando na verdade a vontade era reter.
Era segurar com as próprias mãos.
Não permitir que me escapasse por entre os dedos.
E dizer em alto e bom tom:
- Não vá. Fique aqui.
Confesso, realmente desejei inúmeras vezes que ficasse.
Mas ao mesmo tempo sempre tive a clara certeza de que o que é feito de nó prende.
E assim, pude experienciar - algumas vezes como coadjuvante, outras como protagonista - a partida de algumas pessoas.
Que sim, eram importantes de alguma forma.
Mas exatamente por serem livres, partiram.
A.K.
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