segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Pela janela vejo um lindo céu.
Realmente azul da cor do mar. Vivo.
Completamente vivo.
Aqui dentro tudo tão cinza.
Os prismas se invertem o tempo todo.
A vida tão mágica e tão assustadora.
Como pode os seus opostos serem tão fortes?
É tão passageira a nossa existência.
Tão imprevisível o nosso momento.
Como pode?
Nesse universo tão grande, somos tão pequenos.
Seres de natureza frágil.
Tenho medo da vida.
Tenho medo da morte.
Ambas me assustam com tamanha intensidade.
Quando penso nas pessoas que tenho, ainda vivas - penso no amor que não as dou, também por medo - penso que amanhã posso não mais tê-las. Penso que amanhã, elas podem não mais me ter.
A cabeça dói.
A garganta aperta.
As lágrimas querem descer.
Mas não, estão carregadas de medo. Por isso, se recusam a rolarem.
Coisa estranha essa tal de vida.

A.K.

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