segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Recorro as palavras.
Recorro na tentativa de dar vasão às minhas faltas.
Faltas tão arraigadas em meu ser.
Brinco com o jogo de palavras.
Brinco porque é no meio de seu emaranhado que busco reorientação.
Reoriento minhas confusões.
Alinho meus sentimentos.
Acalento minhas lágrimas.
As palavras não me obrigam coerência.
Coerência que me falta na mesma proporção que tanto me cobro.
Encontro expressão máxima de liberdade ao manuseá-las.
Liberdade essa que não se sujeita a regra gramatical.
Assim como também recusam a se sujeitarem aos filtros que a vida impõe.
Aqui há a expressão máxima da essência mascarada lá fora.
Não há nexo.
Não há coerência.
O sentido se perde.
Se se formulam dessa maneira, é justamente por conseguir expressar de modo tão fiel aquilo que me é mais íntimo.
As palavras dão expressão máxima aos anseios de minha alma.
Quando no jogo de palavras me perco, não me preocupo.
Não penso para lhe dar formas.
Sento,
sinto,
as palavras transbordam, naturalmente.
De repente,
Exprimem,
Expressam,
Falam.

A.K.

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